Saúde mental

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“Então é Natal, e o que você fez? O ano termina e nasce outra vez!”

Seja na versão da Simone ou na versão original de John Lennon, ouvir a música faz com que algumas pessoas se emocionem e outras tenham arrepios.

Este post não é para valorizar as festas ou as pessoas curtem o momento, esperando ansiosamente pela família, presentes e fartura alimentar. O post é para quem sofre com este momento de fim de ano.

Em primeiro lugar, nem todos gostam do Natal porque, o que é festa para alguns, é opressão, depressão e ansiedade para outros.

E são muitos os fatores que podem desencadear uma crise emocional nesta época, entre eles:

  • Perdas de entes queridos;
  • Um núcleo familiar opressor;
  • Falta de dinheiro ou coisas relativas a ele;
  • Sentimentos de fracasso ou inadequação (seja física ou materialmente);
  • Solidão;
  • Isolamento pela não vinculação religiosa;
  • Revolta contra o mercantilismo que toma conta da época;
  • Sensação de fim de ciclo e de não realização;
  • E muitas outras coisas…

Para piorar, coisas que fazem a sobrevivência cotidiana possível, são interrompidas no Natal. Algumas pessoas ganham recesso obrigatório e são afastadas do trabalho. Os campeonatos de futebol são interrompidos. Aquela roda de amigos e amigas se distancia por questão de agenda, tratamentos são interrompidos pelas férias dos profissionais que os realizam.

Mas a vida não para e com isso fica a pergunta, como passar por este período com o mínimo de sofrimento? Ou melhor, como encarar de forma diferente um período que costumeiramente te faz se sentir muito mal?

Posso indicar algumas coisas para você:

  • Não se justifique – não explique para os outros as suas razões para não gostar das festas de final de ano, não gaste sua energia tentando convencer ninguém.
  • É apenas uma data – Lembre que o Natal e Réveillon são apenas dias como outros e que nada muda com a virada do calendário;
  • Reconheça seus sentimentos – Saiba as razões para sua ansiedade e depressão e perceba em você como eles melhoram ou pioram. Aja de acordo com seu instinto.
  • Escolha as pessoas a sua volta – Nenhuma família é perfeita e, muitas vezes, a distância é melhor que a convivência. Amigos podem ser uma fonte de amor mais satisfatória.
  • Fuja da culpa – Não sinta a pressão de agir de uma determinada forma para agradar os outros. Ao mesmo tempo em que você não é o centro do mundo, ninguém o é.
  • Não exagere – Comer ou beber demais ocultam sentimentos ruins, mas frequentemente ter fortes consequências físicas.
  • Desabafe – Não encontrando uma pessoa de confiança que possa te ouvir, escreva e faça anotações.
  • Faça atividade física – Tendo condições, caminhe e vá aos parques da cidade, mantenha-se em movimento.

Pode parecer simples, mas não é. E este período é muito difícil para muitas pessoas ao redor do mundo e não é só você. Portanto, ajude-se!

Cuide de você neste momento!

Caso ainda não faça terapia, procure profissionais que entendem seu momento e não tentem convencer você do contrário dos seus sentimentos. A psicologia deve ser inclusiva e estar ao seu lado para que você supere seus desafios.

Caso esteja muito difícil, procure ajuda imediata na UBS mais próxima ou no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da sua região. Precisa conversar urgentemente? Ligue para o CVV (Centro de Valorização da Vida) no número 188.

 

Artigo escrito por Mauricio Corsetti.

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Maurício Corsetti - Terapeuta e analista - Logo animado

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