Como mulher, percebo os recentes acontecimentos políticos como reforços de uma cultura global patriarcal, na qual o sexo masculino ainda é visto como o detentor das qualidades necessárias para se destacar no trabalho, enquanto as vozes femininas continuam sendo silenciadas.
Comentários como os de Mark Zuckerberg, ao afirmar que as empresas devem “abraçar mais a energia masculina”, reforçam uma visão reducionista e limitada das qualidades humanas. Características como assertividade e competitividade são associadas ao gênero masculino, ignorando o fato de que essas mesmas qualidades também são naturais às mulheres. Esse tipo de discurso perpetua a desigualdade de gênero e cria um ambiente onde as mulheres se sentem pressionadas a adotar padrões de comportamento muitas vezes incompatíveis com suas próprias personalidades.
Além disso, é importante destacar que comportamentos tidos como masculinos, quando expressados por mulheres, são frequentemente vistos de forma negativa: um homem que defende seu ponto de vista é considerado seguro de si, enquanto uma mulher é frequentemente rotulada como inflexível, por exemplo. Isso se deve aos estereótipos de gênero profundamente enraizados em nossa cultura, que moldam a percepção social e profissional das mulheres. Tais estereótipos não apenas limitam a maneira como as mulheres são vistas, mas também afetam sua autoestima e saúde psicológica, criando um ambiente de trabalho e social que pode ser opressor e desgastante.
Além disso, o retrocesso nas políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) em grandes empresas como McDonald’s, Walmart, John Deere e Harley-Davidson não é apenas um reflexo do descompromisso corporativo com a igualdade e equidade, mas também um fator que fragiliza a saúde psicológica das mulheres no ambiente de trabalho. A ausência de políticas inclusivas e a marginalização das questões de gênero (interseccionadas por questões raciais e sexualidade) criam um espaço onde as mulheres podem se sentir invisíveis, desvalorizadas e até culpabilizadas por não se encaixarem nos padrões impostos. Esse retrocesso compromete não só seu bem-estar emocional, mas também suas oportunidades de crescimento profissional, participação ativa na vida social e segurança psicológica.
Esses acontecimentos reforçam os estereótipos de gênero e os preconceitos na sociedade, perpetuando um imaginário sociocultural que marginaliza as mulheres, fazendo-as sentir-se silenciadas e não ouvidas. Isso impacta diretamente a sua saúde mental, ao criar um ambiente que desconsidera suas perspectivas e necessidades, gerando frustração e insegurança.
O retrocesso nas políticas de DEI também destaca que os avanços conquistados com tanto esforço podem ser frágeis e temporários. Ignorar as necessidades específicas das mulheres no ambiente de trabalho e na sociedade coloca em risco suas relações sociais e seu posicionamento em diversas esferas da vida. Por isso, a luta por um ambiente mais inclusivo, igualitário e equitativo, que valorize e reconheça a diversidade de habilidades e perspectivas, é crucial para que as mulheres possam se desenvolver profissional e pessoalmente, com a confiança de que suas vozes serão ouvidas e respeitadas.
É essencial também entender que não existe uma única definição do que é ser mulher, nem um modelo único de feminilidade. A especificidade e a pluralidade de experiências femininas precisam ser reconhecidas, para que cada mulher se sinta segura, ouvida e respeitada em suas escolhas e em sua identidade. Essa diversidade deve ser celebrada, pois a individualidade de cada mulher é um pilar fundamental para o fortalecimento emocional e para a construção de um espaço mais inclusivo e saudável.
A psicologia, nesse contexto, desempenha um papel crucial, pois oferece suporte individualizado, ajudando as mulheres a fortalecerem suas escolhas de vida e a lidar com os desafios socioculturais nos quais estão inseridas. A construção de ferramentas emocionais que sustentem seus desejos e aspirações, bem como a conscientização das intersecções entre sua vida pessoal e o contexto social, são essenciais para o processo de autoconhecimento e fortalecimento psicológico. Só assim será possível garantir que cada mulher alcance seu potencial máximo, sem os limites impostos por normas rígidas de gênero.
Se você sente o peso dessas pressões e gostaria de explorar maneiras de fortalecer sua autoestima em um espaço seguro para refletir sobre suas escolhas e identidade, te convido para uma sessão experimental. Juntas, podemos trabalhar no desenvolvimento de ferramentas emocionais que promovam o autoconhecimento e o fortalecimento psicológico através da sua autenticidade e espontaneidade – para que você se sinta mais segura e confiante em sua jornada. Estou à disposição para auxiliar o seu processo de autoconhecimento e emancipação, com um olhar atento e respeitoso às suas experiências e necessidades.
Artigo escrito por colaboradores do site.
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